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Micro e pequenas empresas geram mais de 1,1 mil vagas em janeiro

Serviços e Comércio foram os setores que mais contribuíram para a abertura de vagas
Por Redação
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Um levantamento realizado pelo Sebrae com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revela que as micro e pequenas empresas foram as principais responsáveis pela geração de empregos no mês de janeiro em Sergipe. Juntas elas contribuíram para a criação de 1.118 novos postos de trabalho no estado, situação bem diferente daquela registrada nas médias e grandes empresas, que relataram o fechamento de 604 vagas no período.

Esse é o sexto mês consecutivo de dados positivos para as micro e pequenas empresas. Nesse período foram abertas 8.358 vagas nesses empreendimentos. Em 2020, mesmo diante do forte impacto causado pela pandemia, elas encerraram o ano com o saldo positivo de 697 postos de trabalho

Os dados de janeiro deste ano são bem superiores aos verificados no mesmo período do ano passado, quando foram criados 362 empregos nas micro e pequenas empresas sergipanas. Entre os setores que mais contribuíram para a criação de novos empregos no estado merecem destaque o de Serviços, com a abertura de 550 vagas, e o Comércio, com 272. A Construção Civil também registrou números positivos (168), acompanhada da Indústria de Transformação (120) e Agropecuária (13).

Apenas os segmentos da Industria Extrativa Mineral e de Serviços de Utilidade Pública relataram números negativos, com o fechamento de 3 e 2 vagas, respectivamente.

Médias e grandes

Já nas médias e grandes empresas a Indústria de Transformação foi o setor com o maior número de demissões, com a perda de 420 vagas, seguido pelo de Serviços (81), Comércio (58). Apenas os setores de Construção Civil (10) e Serviços de Utilidade Pública (7) registraram números positivos.

“Esses dados indicam que a recuperação de postos de trabalho nas micro e pequenas empresas segue em um ritmo bem superior ao que é verificado nos grandes empreendimentos. Isso mostra o quanto é importante continuar apoiando os pequenos negócios, que representam hoje 99% do total de empresas e geram mais de 50% dos empregos em todo o país. A situação tem ficado cada vez mais difícil e esse apoio, como por exemplo o acesso facilitado ao crédito, é urgente para que continuemos a registrar números positivos nos próximos meses”.

Um outro levantamento feito pelo Sebrae no início de março mostrou que o movimento de recuperação do faturamento dos pequenos negócios foi interrompido, indicando assim uma piora na situação financeira desses empreendimentos. Em dezembro, 61% dos empreendedores relataram queda de faturamento mensal em relação a um mês normal de trabalho. Na pesquisa mais recente, o percentual de empresários que indicaram diminuição no faturamento atingiu os 71%.

Essa queda nas receitas foi da ordem de 40% no levantamento realizado no mês de março. Na pesquisa anterior, a diminuição foi de 34%. Sessenta e nove por cento dos donos de pequenos negócios em Sergipe relataram que o faturamento em 2020 foi pior que em 2019, enquanto apenas 18% dos empreendedores indicaram aumento de receitas no período. Essa queda nas receitas foi de 39,1%, o pior índice entre todos os estados do Nordeste e o terceiro pior entre todas as unidades da federação.