A crise do Coronavírus já começa a trazer impactos sobre os pequenos negócios sergipanos. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae entre os dias 20 e 23 de março mostra que 81% das micro e pequenas empresas locais registraram queda em seu faturamento. Um outro dado que indica o momento difícil vivido pelos empreendedores é que 54% deles precisarão fechar o negócio nos próximos três meses caso a situação se prolongue.
O levantamento aponta ainda que 67,5% dos entrevistados relataram diminuição nas vendas durante o período. A queda na demanda por produtos e serviços levou 66% dos empresários a reportarem uma redução de mais de 50% no faturamento.
Diante desse cenário, 51,9% dos empresários precisarão pedir empréstimo para manter seu negócio em funcionamento sem gerar demissões nos próximos meses. Para o superintendente do Sebrae, Paulo do Eirado, isso mostra que as medidas de apoio aos pequenos empreendedores são urgentes e devem ser priorizadas pelos órgãos governamentais.
“ As micro e pequenas empresas são as mais afetadas nesse momento de crise. Os números revelam que a capacidade de sobrevivência desses estabelecimentos está diminuindo com o passar dos dias e é preciso que os gestores públicos entendam que a situação vai piorar ainda mais se as políticas de incentivo não tiverem celeridade”.
Custos
De acordo com a pesquisa, o custo com aluguel é o que mais tem pesado no dia a dia das empresas (46%), seguido pelas despesas com matéria-prima (44%) e impostos (40%). As despesas com pessoal, por sua vez, representam o principal custo para 36% dos empresários.
As micro e pequenas empresas ouvidas pelo Sebrae relataram ainda que as despesas com pessoal permaneceram iguais para 50% dos empresários. O levantamento mostrou que a média de ocupação nesses estabelecimentos é de 4,7 pessoas por empresa.
Um outro estudo do Sebrae mostra que em Sergipe 105 mil pequenos negócios estão sendo impactados pela crise. Os setores mais prejudicados são os da construção civil, alimentação fora do lar, moda e varejo tradicional