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SE é o terceiro estado com maior taxa de crescimento de MEI durante a pandemia

Número de empreendedores cresceu 14,2% entre os meses de abril e agosto
Por Redação
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Um levantamento realizado pelo Sebrae mostra que Sergipe ocupa o terceiro lugar no ranking dos estados com o maior crescimento, em termos percentuais, de formalizações de microempreendedores individuais (MEI) durante a pandemia. Entre os meses de abril e agosto 6.284 pessoas aderiram ao MEI, número 14,2% maior que no mesmo período do ano passado quando foram realizadas 5.504 formalizações.

Esse índice coloca o estado como primeiro no Nordeste e atrás somente do Amazonas e Pará entre as unidades da federação no país com maior taxa de registro de microempreendedores. O MEI é categoria jurídica direcionada às pessoas que trabalham por conta própria, faturam até R$ 60 mil ao ano, não possuem participação em outras empresas como sócio ou titular e empregam no máximo um funcionário recebendo o salário mínimo ou o piso da categoria.

Entre as atividades que concentram o maior número de profissionais atualmente estão o comércio varejista de artigo de vestuário (6.122), cabeleireiros (5.903), promotor de vendas (2.598), comércio varejista de mercadorias em geral (2.298) e lanchonetes (1.993).

Segundo a gerente da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae, Ana Teresa Silva Neto, uma das razões que explicam essa alta é o aumento do desemprego. Números do Ministério da Economia indicam que desde o início do ano já foram fechados 15.240 postos de trabalho em Sergipe.

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“ O que estamos presenciando é um fenômeno bastante comum em períodos de crise, que é o chamado empreendedorismo por necessidade. Quem perdeu o emprego vai em busca de uma alternativa que possa garantir o seu sustento imediatamente e um dos caminhos escolhidos é a abertura do próprio negócio. O MEI se consolida como uma alternativa viável porque ele é o caminho mais fácil para esse público garantir alguns benefícios sociais, como o direito à aposentadoria”.

Preparação

Mediante o pagamento de uma taxa mensal de no máximo R$ 58,25 o trabalhador que se formaliza como MEI passa a contar com auxílio doença, salário maternidade, aposentadoria após 15 anos de serviço e pensão por morte. Outros benefícios importantes são poder vender para o governo, ter acesso facilitado aos serviços bancários e linhas de crédito.

A gerente do Sebrae indica que a alta no número de formalizações deve continuar ao longo dos próximos meses. “É uma tendência que permanecerá. Como a recuperação da economia provavelmente acontecerá de maneira mais lenta, presenciaremos um crescimento de registro de MEI durante os próximos meses. Muitas pessoas precisarão de uma nova fonte de renda e devem optar pelo empreendedorismo.

Para aqueles que pensam em abrir o próprio negócio, Ana Teresa dá algumas orientações. “Coloque a sua ideia no papel e reúna todas as informações possíveis sobre o mercado em que você deseja atuar para que seja possível estruturar melhor o futuro empreendimento. Não hesite em buscar capacitações, sobretudo nas áreas que você não domine. Quanto mais preparado estiver o empresário, maiores são as suas chances de sucesso”.

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