A falta de clientes é o principal problema enfrentado pelos pequenos negócios, mas o aumento dos custos também tem preocupado um número vez maior de empreendedores.
A pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com o IBGE, mostra que, entre abril do ano passado e março deste ano, o percentual de empresários que apontavam a falta de clientes como maior dificuldade subiu de 23% para 40%.
Enquanto isso, a proporção de donos de micro e pequenas empresas que apontaram o aumento de custos como principal problema caiu 15 percentuais no mesmo período, alcançando 24% do universo dos pequenos negócios.
O receio de perder ainda consumidores é a razão dos empresários estarem ainda mais cautelosos e evitarem repassar – integralmente ou parcialmente – para os clientes os aumentos dos custos de operação.
A pesquisa do Sebrae e IBGE mostrou que 7 em cada 10 empreendedores disseram ter verificado aumento dos custos, mas 45% evitaram transferir qualquer valor adicional para os clientes. O levantamento feito em agosto do ano passado havia mostrado que um percentual maior (58%) havia conseguido evitar esse repasse para o preço final dos produtos ou serviços.
Apesar das dificuldades, o percentual de empresários ouvidos na pesquisa que acreditam que 2023 será um ano melhor para os seus negócios subiu de graças principalmente à volta dos consumidores (58%) e à melhora do cenário de crédito (15%).
Investimentos
A pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios também revelou que, mesmo no contexto de restrições, os pequenos negócios não deixaram de fazer investimentos e buscar melhorias de produtividade e gestão.
Cinquenta e três por cento dos entrevistados afirmaram ter realizado investimentos nos últimos três meses de 2022 (percentual maior do que os 48% identificados em agosto passado). Os investimentos estiveram concentrados principalmente em Instalações (37%), Máquinas e Equipamentos (36%) e Equipamentos de Informática (23%).
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