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Sergipe atinge a marca de 100 mil microempreendedores individuais

Número de formalizações cresceu 11,7% em relação a 2021
Por Wellington Amarante
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A vocação do sergipano para o empreender levou o estado a alcançar no final do ano passado a marca de cem mil pessoas formalizadas como microempreendedor individual (MEI). O número representa um aumento de 11,7% em relação ao verificado no final de 2021 e deve continuar crescendo ao longo dos próximos meses.

O MEI é uma categoria criada em 2008 com a Lei nº128 com o objetivo de formalizar trabalhadores brasileiros que, até então, desempenhavam diversas atividades sem nenhum amparo legal ou segurança jurídica. Para ser enquadrada como microempreendedor individual a pessoa pode faturar até R$ 81 mil ao ano, não possuir participação em outras empresas como sócio ou titular e empregar no máximo um funcionário recebendo o salário-mínimo ou o piso da categoria.

Mediante o pagamento de uma taxa mensal de no máximo R$ 72 o trabalhador que se formaliza como MEI passa a contar com diversos benefícios previdenciários (auxílio-doença, salário maternidade, aposentadoria após 15 anos de serviço e pensão por morte), além de poder emitir notas fiscais, vender para o governo, ter acesso facilitado aos serviços bancários e linhas de crédito. Atualmente mais de 400 atividades podem ser enquadradas como MEI.

Entre as atividades que concentram o maior número de profissionais no estado atualmente estão o comércio varejista de artigo de vestuário (8.399) cabeleireiros (7.735), promotor de vendas (3.977), comércio varejista de mercadorias em geral (3.234) e lanchonetes (3.001).

Já entre as cidades com o maior número de pessoas formalizadas os destaques vão para Aracaju (47.528), Nossa Senhora do Socorro (10.365), São Cristóvão (4.865), Itabaiana (3.518), Estância (3.213) e Lagarto (3.020).

Predominância de homens

Os homens representam 54,5% do total de MEI (54.541), enquanto as mulheres correspondem a 45,5% do total (45.505). Há uma predominância de empreendedores na faixa etária dos 31 a 40 anos (31.407), seguida por aqueles que possuem entre 41 e 50 anos (24.634).

A maior parte dos MEI exerce sua atividade em um estabelecimento fixo (40,3%), enquanto 24,9% são ambulantes ou atuam comercializando de porta em porta. Outros 17,8% atuam apenas no ambiente digital.

Um dado curioso é que há 184 estrangeiros, de 30 nacionalidades, formalizados como MEI em Sergipe. O maior contingente é formado por colombianos (72), venezuelanos (19) e peruanos.

Para a gerente da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae, Ana Teresa Silva Neto, a alta no número de formalizações deve continuar ao longo dos próximos meses. “É uma tendência que permanecerá. Com a recuperação da economia acontecendo de maneira mais lenta, presenciaremos um crescimento de registros, sobretudo por parte daqueles que precisarão de uma nova fonte de renda e deverão optar pelo empreendedorismo”.

Para aqueles que pensam em abrir o próprio negócio, Ana Teresa dá algumas orientações. “Coloque a sua ideia no papel e reúna todas as informações possíveis sobre o mercado em que você deseja atuar para que seja possível estruturar melhor o futuro empreendimento. Não hesite em buscar capacitações, sobretudo nas áreas que você não domine. Quanto mais preparado estiver o empresário, maiores são as suas chances de sucesso”.

Para orientar os sergipanos sobre os benefícios do MEI semanalmente o Sebrae promove palestras presenciais. Além disso, a instituição também oferece esse tipo de serviço por WhatsApp, pelo número 2106-7700, ou de forma online, por meio da loja virtual do Sebrae, o se.lojav