Os pequenos negócios dos setores de Academias e Atividades Físicas, Economia Criativa e Beleza são os mais otimistas com a recuperação da economia brasileira em 2023. De acordo com a pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae e IBGE, estes três segmentos, que estiveram entre os mais duramente atingidos pela pandemia, têm agora boas perspectivas, mesmo em um cenário geral marcado pela incerteza.
De acordo com o levantamento, 86% dos empresários de Academias e Atividades Físicas esperam um resultado melhor este ano em comparação com o ano passado. Esse otimismo é seguido pelos negócios de Economia Criativa (76%) e Beleza (75%).
O quadro contrasta com a realidade vivida por esses segmentos no período da pandemia, quando eles estiveram entre os que registraram maiores perdas e entre os últimos a retomarem o nível de faturamento anterior à crise.
Na primeira pesquisa realizada pelo Sebrae, em março de 2020, o setor de Academias e Atividades Físicas, havia registrado uma queda de 68% no faturamento em relação ao mês anterior. No levantamento realizado em abril de 2022, essa queda já havia sido reduzida para 35%. Em janeiro deste ano, o setor faturou voltou a registrar crescimento, com uma alta de 8%.
Já as empresas de Economia Criativa chegaram a registrar uma perda média de 86% na receita em março de 2020 e voltaram a sofrer com a segunda onda da pandemia, quando o faturamento caiu 64%. Na pesquisa divulgada agora em abril e que leva em conta o faturamento de janeiro deste ano, essa queda foi reduzida a 11,9%.
Realidade semelhante ao segmento de Beleza, que, segundo pesquisa do Sebrae realizada em abril 2022, ainda sofria com uma perda média de 34%, liderando entre os setores mais atingidos naquele momento. Em janeiro deste ano, a queda de faturamento foi de 13%. No primeiro levantamento feito pelo Sebrae em 2020, esse segmento registrou queda de 74% em sua receita.
Expectativa
Na média, a pesquisa do Sebrae e IBGE identificou que 67% dos pequenos negócios esperam um faturamento melhor neste ano, em comparação com 2022. Apenas 19% dos empresários esperam um ano pior e outros 14% acreditam que devem manter o mesmo resultado do ano passado.
De acordo com o estudo, 56% dos empreendedores sergipanos acreditam que estimular o crescimento econômico deve ser a principal preocupação do governo em 2023. De acordo com os entrevistados, outros pontos importantes a serem priorizados são o combate à inflação (20%) e o combate à corrupção (15%)