O trabalho realizado pelo Sebrae junto ao Laticínio Aragão, localizado no Povoado Mucambo, em Aquidabã, foi destaque no Encontro Nacional do Agronordeste promovido esta semana em Natal (RN). O empreendimento foi um dos 300 atendidos pelo programa em Sergipe com consultorias técnicas e gerenciais durante os últimos dois anos.
O laticínio processa cerca de 3,4 mil litros de leite, utilizados na fabricação de muçarela e manteiga. A empresa teve os seus projetos ambiental e arquitetônico viabilizados por meio do Sebraetec, além de ter sido beneficiada com a elaboração do manual de boas práticas e de capacitações para melhorar a qualidade dos seus produtos.
Um outro foco do trabalho realizado pelo Sebrae no empreendimento foi a oferta de consultorias para melhorar a gestão financeira. A partir das orientações recebidas, o empresário José Aragão passou a utilizar planilhas para o controle de despesas e receitas e a fazer a separação entre as despesas pessoais e do próprio negócio.
“Antes de ser atendido pelo AgroNordeste trabalhávamos em um espaço sem piso, as paredes não tinham revestimento, as formas utilizadas na produção eram todas de madeira e só conseguíamos processar mil litros de leite por dia. Agora, temos um negócio totalmente regularizado, o nosso produto tem qualidade e a empresa gera lucro, permitindo que possamos ampliar o nosso quadro de funcionários”, explica José Aragão Santos Junior, proprietário do laticínio.
O empreendedor foi homenageado com uma placa de destaque, que foi recebida pela gestora do AgroNordeste em Sergipe, Luciana Oliveira.
Nova etapa do programa
Durante o encontro nacional, também foi apresentada a nova etapa do AgroNordeste. O foco agora será na disseminação de boas práticas socioambientais e alternativas de energias renováveis, além de agregar valor aos produtos, com certificações e inovações que potencializem o acesso a mercado.
O programa A foi criado em 2019 pelo Governo Federal juntamente com sete parceiros estratégicos: Sebrae, CNA/Senar, Banco do Nordeste, Aneel, OCB, Banco do Brasil, Mapa/Embrapa, momento em que foi estabelecido um plano de ação. que foi executado ao longo deste primeiro ciclo.
A iniciativa já impactou um público significativo de produtores rurais, empresas rurais e urbanas, agroindústrias, cooperativas e associações, pertencentes às cadeias produtivas da Apicultura, Avicultura, Bovinocultura, Cachaças, Cafeicultura, Caprinovinocultura, Fruticultura, Horticultura, Mandiocultura, Psicultura, Suinocultura e Turismo Rural. Foram atendidos mais de 161 mil pequenos e médios agricultores em quatro anos, de programa, nos nove estados do Nordeste.
Nesse período, o AgroNordeste proveu assistência técnica; capacitação; apoio à inovação e ao empreendedorismo; orientação para crédito; organização e formalização da produção, inclusive com regularização fundiária; agregação de valor aos produtos e possibilidades para comercialização para além das fronteiras locais, empreendedorismo para mulher no campo e o resgate da sucessão família.