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Foto: Acervo Queijaria Fazenda Nova
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Assim como muitos pequenos negócios rurais, a Queijaria Fazenda Nova, de Nossa Senhora da Glória, nasceu com apenas duas vaquinhas e a necessidade de complementar a renda familiar. O casal Maria Joseane da Costa e José Erinaldo Santos estão à frente da queijaria que recebeu medalha de ouro pelo queijo coalho e prata pelo doce de leite no Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados (Enel).

Esse foi o décimo oitavo encontro e aconteceu em São Luís do Maranhão, durante o período de 1º a 4 de setembro, com uma programação técnica, organizada pelo Sebrae e totalmente voltada ao empreendedor rural. Dentro da programação, que dá ênfase a boas práticas, sustentabilidade e gestão, está a já tradicional premiação de produtos derivados do leite: Concurso de Produtos Lácteos do Nordeste, com o objetivo de fomentar o aprimoramento dos produtos e divulgar os produtores da região.

Foram cinco as categorias do concurso: Queijo Artesanal Tradicional, Queijo Artesanal de Leite Cru, Queijo Artesanal de Leite Pasteurizado, Queijos Finos e Produtos Lácteos. Delas, a queijaria sergipana foi ganhadora do melhor Queijo Artesanal de Leite Pasteurizado e ficou em segundo lugar na de Produtos Lácteos.

Doce de leite da Fazenda Nova

A empresa premiada agora colhe os louros depois de um período de grande dificuldade nos anos da pandemia de Covid-19. Chegaram a ficar sem vender nenhum produto e tiveram que recomeçar do zero. Hoje, já possuem sua fábrica estruturada e vendem queijos, doces e manteiga em empórios da capital e na loja da fábrica. Chegam a produzir 200 kg de queijo por dia.

“Nós não acreditamos quando falaram o nome da queijaria, meu marido disse que não sentia as pernas de tão surpreso que ficou. Foi a nossa primeira participação em concurso e nos inscrevemos sem a pretensão de um resultado tão bom. Como em todos os últimos anos, participamos desse evento grandioso junto ao Sebrae. E só tivemos esse bom resultado porque nossos produtos estão certificados pelo SIE, com o apoio que tivemos das consultorias do Sebrae”, contou Joseane.

A proprietária da Fazenda Nova se refere ao Selo de Inspeção Estadual (SIE), emitido pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). A certificação é uma exigência do concurso, além de ser fundamental para a segurança alimentar e a saúde pública, e o Sebrae oferece apoio para a esta formalização.

O apoio do Sebrae

Comitiva do Sebrae presente no XVIII ENEL

Joseane e Erivaldo foram atendidos pela consultoria do Sebraetec, que ofereceu soluções para inovação da empresa e acompanhamento em todas as etapas dos processos realizados. Além disso, participaram do programa AgroNordeste de apoio e capacitação, com foco na eficiência produtiva e desenvolvimento comercial dos pequenos produtores do Nordeste. E do ALI Rural, no qual receberam o acompanhamento de um Agente Local de Inovação (ALI) para redução de custos e aumento do faturamento.

Luís Nakanishi, analista técnico da Unidade de Atendimento Coletivo e Competitividade (UAC) do Sebrae, cuidou de perto dos processos para a formalização da queijaria e esteve presente na premiação do ENEL. “Oferecemos soluções de suporte no processo de melhoria da qualidade dos produtos, o que possibilita mais acesso ao mercado. Muitos produtos derivados do leite são vendidos em feiras, barracas nas ruas, sem uma certificação, o que é muito perigoso. O produtor tem muito a ganhar com a certificação de seus derivados do leite, pois sai da informalidade de atravessadores e abre mercado, já que, sem a fiscalização, é mais difícil a venda legal de um produto seguro e adequado ao consumo”, explicou.

As mudanças efetuadas por meio dos programas e apoios foram, de acordo com Joseane, de importância crucial para o sucesso da queijaria – que agora trabalha para vender os seus produtos nas prateleiras dos supermercados.

“O Sebrae ajudou a gente com a parte de gestão financeira, regularização, estrutura, indicação dos produtos que dão certo ou não no mercado. E nós fomos seguindo estas consultorias. Agora que já temos a certificação, estamos lutando pela isenção de alguns impostos, porque não é fácil estar no mercado formal e queremos muito vender nos supermercados. Esse é nosso plano de futuro: que os nossos queijos e derivados cheguem à mesa dos sergipanos com qualidade e fácil acesso”, concluiu.

Esse caso faz parte de um universo de muitos outros que demonstram o potencial dos pequenos negócios sergipanos.

A gente faz

Esta reportagem é parte de uma série planejada para dar visibilidade aos projetos sergipanos que contam com o apoio do Sebrae. Para mais, acompanhe a Agência Sebrae de Notícias e o instagram @sebraesergipe.

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